Duplicação dos 30 quilômetros da Serra do Capinzal levou cinco anos e custou R$ 1,3 bilhão. Rodovia tem 39 viadutos e pontes.

Dia 19/12/2017 será a cerimônia de entrega das obras que, depois de muitos atrasos e que só serão abertos ao público no dia seguinte, 20/12/2017, os últimos trechos duplicados da Régis Bittencourt, rodovia que liga São Paulo a Curitiba. A reforma pretende acabar com um título de Rodovia da Morte, isso por que o volume de tráfego de caminhão é um dos maiores do país e a pista era, em sua maior parte, em mão e contra mão.

Para liberação completa ao público, foram feitos diversos testes em vários trechos como por exemplo, do último trecho da Serra do Cafezal, na Rodovia Régis Bittencourt.

Simulando um incêndio dentro do túnel, os carros não passam e a fumaça se espalha. Um operador da estrada pede urgência. Todos devem deixar os carros e sair o quanto antes. Enquanto isso, bombeiros chegam para apagar as chamas. Em minutos, a fumaça então desaparece. São 213 metros que separam os pedestres de veículos em chamas.

Na quarta-feira (20), os dois últimos trechos em obras, de dez quilômetros vão estar abertos.

“O traçado foi rigorosamente feito, o trajeto em cima do maior respeito ao meio ambiente, a preservação. E foi uma obra construída com a rodovia viva. Com a rodovia em circulação”, disse Francisco Pires.

Dos 39 viadutos e pontes, um tem mais de 50 metros de altura. Por isso vai contar com um equipamento para ajudar em caso de acidente. Um cesto que leva os socorristas e equipamentos e iça as vítimas.

A Mobilitex (antiga Sice do Brasil) em 2014 realizou o projeto executivo dos sistemas de automação, controle e segurança de 4 túneis com uma extensão total de 1.761 metros pertencentes à obra de duplicação da rodovia Regis Bittencourt no trecho da Serra do Cafezal entre os km 348 e 362 – BR 116. O projeto englobou os sub sistemas de automação, gestão de tráfego, controle e sensoriamento, monitoramento de caixas de água, energia de média e baixa tensão, iluminação, ventilação, detecção e extinção de incêndios, painéis de mensagens variáveis, circuito fechado de televisão CFTV, detecção automática de incidentes DAI, postes de SOS, megafonia e rede de comunicações de dados, vídeo e áudio.

A Régis Bittencourt é o principal corredor do Mercosul, liga Curitiba a São Paulo. Boa parte do que é produzido na Argentina, Uruguai e Paraguai e no Sul do Brasil passa pela estrada para chegar ao resto do país.

A duplicação dos 30 quilômetros da serra levou cinco anos e custou R$ 1,3 bilhão.

Em 2011, as obras de duplicação da Serra do Cafezal não saiam por falta da licença ambiental. A Régis Bittencourt era chamada de Rodovia da Morte. Tinha acidente quase todos os dias. No fim de 2012, a licença para duplicar a serra saiu e as obras só começaram em 2013.

Naquele ano, 175 pessoas morreram na Régis Bittencourt. Em 2017, até agora, foram 76.

Isso é rotina entre os caminhoneiros. A maioria só desce a serra se souber como está o caminho. um trecho de 40 minutos que levava mais de 3 horas com os congestionamentos.

Com a estrada nova, a preocupação deixa de ser os congestionamentos. Os caminhoneiros dizem que a segurança vai depender dos próprios motoristas.